Reforma Calvinista

A Reforma de Lutero causou reviravoltas religiosas em toda a Europa. O protestantismo alastrou-se rapidamente e ganhou inúmeras novas interpretações em todo o continente.

Uma dessas novas interpretações foi perpetrada pelo humanista João Calvino, francês que, logo que se converteu à religião protestante, passou a estudar sistematicamente essa nova crença.

Do seu pensamento, surgiram tratados religiosos que traziam uma nova visão da Reforma e logo uma nova doutrina foi formada, o calvinismo.

Apesar da nacionalidade francesa de seu criador, o calvinismo alcançou particular influência na Suíça, onde a burguesia local lutava contra os desmandos do católico Duque de Savóia, adotando ideais protestantes.

Calvino percebeu que se pregasse para uma população propensa a aceitar suas idéias, como estavam os suíços, o sucesso seria inevitável, o que, de fato, aconteceu.

Segundo o calvinismo, o homem nasce predestinado, não detém o menor controle sobre o seu destino. Ao contrário do que afirmava Lutero (que pregava que o homem poderia ser salvo pela fé), a doutrina de Calvino afirmava que Deus já escolhera os indivíduos que seriam salvos e os que seriam condenados, e suas ações no campo terreno de nada adiantavam para reverter sua situação.

No que se refere às questões éticas e morais, o calvinismo era conservador e tinha como particularidade a rigidez de costumes que impunha aos fiéis. Na Suíça, por exemplo, após a queda do Duque de Savóia, implementou-se o governo da Igreja Calvinista do país.

Resultado: foi adotado um severo órgão de vigilância, responsável por fiscalizar a existência de atividades amorais e de punir aqueles que as praticassem.

Proibiu-se a dança e os jogos, os altares foram retirados dos templos e a liturgia foi extremamente simplificada, de modo que se tornasse inteligível não só para os intelectuais clericais.

Talvez aí esteja o maior motivo para explicar o fascínio que o calvinismo, tão opressor, causou na Europa, encontrando muitos adeptos na Europa, em especial na Suíca, França, Holanda, Escócia e Inglaterra.

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Fonte: •Enciclopédia Digital 99 • ( Literatura e Leitura )•