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Johann Christoph Friedrich Schiller (1759-1805)

Poeta, dramaturgo, historiador e filósofo alemão. Nasceu em Marbach am Neckar, filho de um cirurgião do Exército de Württemberg. Desejando tornar-se pastor, encontrou franca resistência de seu pai. Foi recrutado para a Carlsschule, destinada à formação de funcionários e oficiais militares.

Estudou medicina na Academia militar de Sttutgart. Em 1780, trabalhou como médico para um regimento de Württemberg. Dois anos depois, desertou, fugindo para Mannheim. Em 1787, mudou-se para Weimar, onde travou conhecimento com Herder (1744-1803) e Goethe (1749-1832). No ano seguinte, ocupou a cátedra de história na Universidade de Jena.

Manteve estreita relação de amizade com Goethe, até o final de sua vida, ocorrida em Weimar. Algumas de suas principais obras filosóficas: Ensaio sobre a relação entre a natureza animal e a espiritual do homem; O teatro como instituição moral; Cartas filosóficas; O que significa a história universal, e para quê a estuda o homem? Do sublime; Sobre a utilidade moral dos usos estéticos; da poesia ingênua e da poesia sentimental.

A principal preocupação do pensamento de Schiller consiste em harmonizar, no homem, duas tendências, a princípio, antagônicas:as necessidades impostas pela natureza, por um lado, e, por outro, a liberdade, advinda da vontade. A verdadeira liberdade não deve sobrepor-se às necessidades, pois isto equivaleria à negação da natureza, e assim, de toda a importância do sensível.

Ao contrário, submeter a razão ao sensível seria aniquilar a liberdade, pela qual o homem se diferencia de todos os demais entes. A busca por uma moral que permita a coexistência destas duas polaridades o leva a uma reestruturação da compreensão estética. A arte é, nesta acepção, encarada por Schiller como o fundamento desta nova moralidade.

O fenômeno estético permite, ao homem, o acesso à liberdade no próprio sensível. Contemplar uma obra de arte significa, para este autor, libertá-la de toda relação causal, participando do ato pelo qual a obra mesma se cria; a experiência de liberdade, trazida pela participação no ato criador da natureza, é o que Schiller compreende como constituindo o belo.

A arte não possui uma finalidade moral, uma vez que seu fim é a própria fruição estética; contudo, possui uma função moral, por trazer à tona o papel fundamental da liberdade, em suas relações com a experiência sensível.

Schiller é considerado um dos autores que influenciaram, de maneira determinante, o pensamento romântico alemão.

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Friedrich de Schiller (escritor alemão)(wiki)


Obra:

Guilherme Tell (peça dramática)


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Fonte: •Enciclopédia Digital 99 • ( Literatura e Leitura ) •