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Ernst Cassirer (1874-1945)

Filósofo alemão, considerado um dos mais importantes representantes do neokantismo (ver Immanuel Kant (1724-1804)). Nasceu em Breslau. Lecionou na Universidade de Berlim, entre 1906 e 1919. Nesta data, passou a atuar como professor na Universidade de Hamburgo.

Em 1933, com a ascensão do social-nacionalismo, Cassirer foi obrigado a deixar a Alemanha. Residiu na Inglaterra e Suécia, até emigrar para os Estados Unidos. Neste país, lecionou na Universidade de Yale, Colúmbia, até seu falecimento.

Algumas de suas principais obras: O sistema de Leibniz em seus fundamentos científicos; O idealismo crítico e a filosofia do “são entendimento humano”; Conceito de substância e conceito de função; Vida e doutrina de Kant (1724-1804); Para a crítica da teoria einsteiniana da relatividade (ver Albert Einstein); Idéia e forma; Filosofia das formas simbólicas; Mito e linguagem; Indivíduo e Cosmos na filosofia do Renascimento.

As considerações de Cassirer partem de uma investigação dos pressupostos do conhecimento humano. Cassirer preocupa-se com a questão da conceitualização das ciências da natureza, a partir de suas relações com a matemática, a fim de determinar em que medida estes modelos podem ser utilizados para as ciências denominadas culturais.

Investiga a possibilidade de mensurar os dados relativos ao sentidos, de modo a transformá-los em símbolos numéricos. Estudando as funções numéricas, Cassirer afirma que os símbolos algébricos são de ordem transcendente à realidade sensível, podendo ser encarados como elementos formais de caráter universal.

Uma das mais importantes contribuições de Cassirer reside em seus estudos da cultura e da linguagem humana, de modo a a elaborar as bases de uma antropologia filosófica. Cassirer afirma que o principal objeto de estudo das ciências relativas ao homem e sua cultura consiste na origem das funções simbólicas.

O homem é compreendido, nesta acepção, fundamentalmente, como um animal simbólico, uma vez que todas as suas atividades podem ser definidas, em última instância, como criações de símbolos. Mito, linguagem, arte e história são modalidades de simbolização analisadas por este pensador, de modo a mostrar como, através de diferentes maneiras de simbolizar, o homem constrói sua cultura.

Os símbolos constituem a trama na qual a realidade pode ser articulada, apreendida e recriada. São elementos formais universais, devendo, por isso, constituir objeto de estudo de uma filosofia transcendental.

A postura neokantiana (ver Immanuel Kant (1724-1804)) defendida por Cassirer consiste, fundamentalmente, na conversão da crítica da razão, proposta por Kant (1724-1804), em uma crítica da cultura, através da análise da produção e função de suas formas simbólicas.

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Ernst Cassirer (Alemanha)

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Fonte: •Enciclopédia Digital 99 • ( Literatura e Leitura ) •